Nova edição do projeto Encontros no Jardins acontece em Vitória

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O VI Encontros no Jardins, em homenagem ao Dia da Mulher, acontece nessa quarta-feira, dia 16 de março de 2016.

Idealizado pelos artistas capixabas Alex Krüger e Beto Penedo, o projeto Encontros surgiu da ideia de reunir, aproveitar e difundir a produção artística que acontece no Espírito Santo, em suas mais completas variantes e linguagens, revelando a beleza natural que existe na paisagem, no povo e na cultura desse Estado.

Em sua nova edição, o evento conta com muita música, um sarau poético e entrega de premiação, revelando novos talentos e realizando um verdadeiro tributo às mulheres de toda a nossa nação.

Confira a programação abaixo:

18h30 – Show “Alvinitente”, com Alex Krüger & Betho Penedo

19h30 – Homenagem da Academia Feminina Espirito-Santense de Letras (AFESL) para as acadêmicas Ester Abreu Vieira de Oliveira e Maria Filina Salles de Sá, com a entrega da medalha cultural Cora Coralina

20 horas – Sarau Poético da AFESL e convidados

21 horas – Show com as cantoras Val Romanha, Simone Devens, Gardenia Marques e Lara Laiber

 

Serviço:
VI Encontros no Jardins

  • 16 de março de 2016
  • Quarta, a partir das 18h
  • Shopping Jardins – Rua Carlos Monteiro de Lemos, 262 – Jardim da Penha – Vitória
  • Entrada Gratuita
  • + info em https://goo.gl/1qPlVA

 

 

 

Projeto Encontros leva a Vitória música e poesia contemporâneas do ES

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Música e poesia se mesclam com o Projeto Encontros nos Jardins, que acontece dia 21 de outubro de 2015, no Shopping Jardins, em Vitória.

Idealizado pelos artistas  Alex Krüger e Betho Penedo, o projeto dá ao público  oportunidade de apreciar um show poético/musical que promove autores e obras em várias áreas artísticas, revelando novos talentos.

A primeira edição da mostra homenageia a Academia Feminina Espírito-santense de Letras, que completou 66 anos de poesia, escrita e sensibilidade. As 40 acadêmicas que compõem a academia completam o evento, recitando e apresentando obras literárias.

O projeto, que acontecerá mensalmente, busca integrar público e criadores, mostrando o que existe de melhor na produção artística capixaba em todas as suas infinitas possibilidades.

 

Programação
  • 18:30 : Depoimentos da presidente e idealizadores do projeto Encontros.
  •  19:00 :Coral Mokiti Okada
  •  19:30 : Apresentação da Academia Feminina Espirito-Santense de Letras
  •  20:00 Cantor e Maestro Eduardo Santa-Clara
  •  20:30 Alex Krüger & Betho Penedo

Serviço:
Projeto Encontros

 

Em Vitória, Isabella Mariano lança 2º livro de poemas em agosto

Isabella Mariano: aos 23 anos, 2º livro
Isabella Mariano: aos 23 anos, 2º livro

Um ano e oito meses após o lançamento de seu primeiro livro, a escritora e jornalista Isabella Mariano, 23 anos, se prepara para publicar sua segunda obra. Cortes Lentos  (Editora Pedregulho) será lançado dia 6 de agosto, a partir das 19h, na Kaffa Cafeteria, em Vitória. Com 59 poemas, o livro é resultado de uma saudade – nasceu do luto, das alegrias e tristezas que envolvem esse processo.

Diferente de seu primeiro trabalho, gotas (2013), o novo livro aborda com maior intensidade a dor e a existência humana de forma geral, talhando os versos de maneira mais intimista. Mas, como no primeiro livro, Isabella continua não se apegando a regras gramaticais e evita o uso de maiúsculas nos textos.

Cortes Lentos foi escrito em memória de Saulo Ferreira Tavares, que faleceu em fevereiro deste ano e era grande amigo de Isabella. A ilustração de capa, por sinal, é de autoria de Saulo, e o livro tem prefácio de Juane Vaillant.

Nova editora
Assim como Isabella, é jovem a editora pela qual ela publica. A Pedregulho foi fundada em 2013, em Vitória, e tem como objetivo publicar literatura de qualidade e auxiliar autores no lançamento de suas primeiras obras. Com seus dois anos de mercado, já soma dez livros em catálogo.

Serviço

  • Lançamento do livro de poemas “Cortes Lentos”, de Isabella Mariano
  • Quando: 6 de agosto de 2015 a partir das 19h
  • Onde: Kaffa Cafeteria (Rua Darci Grijó, 50 – Lojas 3 e 4 – Jardim da Penha, Vitória)
  • No dia, o livro será vendido a R$20.

Saiba Mais

 

Leia um dos poemas de Cortes Lentos

o grande mestre me falou em versos
sobre um amanhecer mais sombrio que a noite
à época, sorria abestalhada
feito moça apaixonada
e andava com o livro de carlos
como quem anda com uma bíblia debaixo dos braços
mas que trágico fim levei, afinal!
dia desses, pude ver
o que o poeta escrevera, enfim
era mesmo real

 

Download: Estranho Sutil, soco na cara da música mi-mi-mi das bandinhas da moda

andre_prando_by_Felipe_AmareloAndré Prando é um cara de Vitória que você ainda não precisa se envergonhar caso desconheça. Ele não é exatamente uma personalidade pública – outra vez, ainda. André é compositor. E canta também. E está lançando um novo disco, Estranho Sutil – seu primeiro álbum, que secunda a um compacto liberado no início de 2014. Isso é o meramente factual a respeito dos mais recentes movimentos do compositor.

Agora, vamos um pouco além do factual?

Pra começar, o novo disco de André Prando é uma covardia para com quem não quer ou não gosta de pensar e de sentir, para os falsos fortes da música de elevador elevada à condição de ‘arte’, para quem sugere o muzak pós-pós-pós-moderno da cultura instantânea como algo além de frivolidade. Para quem gosta da música sem personalidade que tem surgido como suposta nova MPB, muitas vezes chamada de rock embora nada de rock tenha, Estranho Sutil é um soco na cara.

Na outra extremidade da mesma linha, o álbum de André é um afago para gente que sente, pensa e se enternece com a poesia possível de se arrancar de um mundo que parece preferir louvar o fácil antes do amável, o insosso antes do sempre perigoso temperado, o inflamado sem razão em lugar do revolucionário que não precisa se autoproclamar para sê-lo.

Ainda bem que André Prando tem essa ousadia. As canções em Estranho Sutil desdenham da moralidade covarde que vira o rosto para o outro lado cada vez que não sabe o que fazer com a realidade. Elas mostram que o sorriso aplicado pela sociedade a nossas caras, com a nossa complacência, é falso – mas que existe lá fora, no quintal ou no meio da rua, um lugar onde o verdadeiro se encontra.

Nas letras e arranjos, o álbum escancara as pequenas falências tornadas cataclismos pela falta de dimensão em que insistimos manter nossos olhos & alma. Não há facilidade no que André canta, não há moleza na acidez que ele destila. O tom setentista (às vezes com forte sotaque de Raulzito) que o cantor rascunhou em seu primeiro EP, Vão, ganha relevo titânico em Estranho Sutil – lançado ironicamente dia 1 de abril.

Nas dez faixas do álbum, oito são assinadas por André, uma por Augusto Debanné e, por fim, outra é uma até agora inédita de Sergio Sampaio, Última Esperança. Sampaio, um dos grandes compositores da ‘música de protesto’ dos anos 70 e na época da ditadura aureolado como ‘músico maldito’, nessa canção fala sobre o incêndio no edifício Joelma, em São Paulo, no qual 191 pessoas morreram.

Estranho Sutil nasce como um clássico. É um dos melhores álbuns, entre produções do mainstream ou do universo indie, que ouvimos na redação do Kultme nos últimos muitos e muitos meses.

A gente sugere que você compre o álbum físico, o CD (fácil, basta manda um email pro André: contato@andreprando.com.br), mas se quiser ouvir antes, taí em MP3:

 

Baixe o Disco

Download Estranho Sutil

 

E tem mais André Prando em…

 

Sincronicidades/ Sem Viradão que eu tô ficando velho

crowd_kultme

~ S I N C R O N I C I D A D E S ~
Crônica de Luiz Henrique Do Carmo*

Vitória, ES – Muito legal a ideia de juntar vários tipos de cultura num só lugar, durante vinte e quatro horas, sem intervalo. Mais legal ainda é quando a população ama o evento e participa, sem colocar defeito onde não tem. Pena que nem sempre isso acontece.

Devo estar atrasado ao escrever este texto, mas não poderia deixar de dar minha opinião sobre a opinião das pessoas que criticaram esse lindo evento que aconteceu em Vitória, no meio do mês de setembro.

Logo nas primeiras horas de evento, comentários explodiam na internet. O “não consigo chegar em casa! Isto é um absurdo” ou o “Não deveria ter esse tipo de evento em Vitória. Uma bagunça total!”, me deixavam um tanto incomodado.

Houve engarrafamentos, houve bagunça. Mas qual é a festa que não tem bagunça?

Vitória é a capital do Espírito Santo, tem um dos mais bonitos centros históricos do estado. Abriga a sede do governo, que, vira e mexe, abriga exposições maravilhosas. O centro possui um teatro maravilhoso, que sempre exibe peças fantásticas e de grande renome nacional. A população de vitória é pequena (não falarei números aqui), em comparação com cidades como o Rio.

Tantas opções culturais, e na maioria das vezes muito baratas, a população não aproveita o vasto campo de oportunidades que se torna a cidade. Especialmente este ano, o centro da cidade se transformou num verdadeiro campo cultural.

Por questões de logística, não pude comparecer ao “Viradão Vitória”, mas não há nada melhor que conhecer um evento pela boca de amigos. Quando digo amigos, estou falando de pessoas próximas e que, normalmente, têm o mesmo pensamento que você. Estas pessoas me falaram maravilhas e eu imagino que tenha sido mesmo.

Deve ter sido lindo o show da cantora Céu na varanda; o espetáculo maravilhoso do Zeca Baleiro, em plena Praça Oito; as apresentações de Congo atravessando a estreita Rua Sete.

Tanta coisa bonita, tanta coisa pra se aproveitar. Vitória raramente traz eventos tão grandes, tão legais e de graça. Ainda não entendi esse povo. Vivem reclamando que não se tem nada aqui, que é um verdadeiro marasmo. Mas, como fazer algum evento se, sempre que se cogita algo do tipo, as pessoas começam a reclamar? Se querem cultura, arquem com o ônus. Eu posso arcar, porque eu quero. Não vou morrer se chegar um dia mais tarde em casa, nem se eu agüentar um som alto durante a madrugada.

A impressão que tenho, é que as pessoas da capital Capixaba se tornaram velhas demais para absorver coisas novas. Viraram verdadeiras pedras, que só sabem dormir, acordar e reclamar do barulho.

Sou capixaba, me divirto em Vitória e me recuso a deixá-la parar. Daqui uns dias, vão criar o abaixo-assinado “Sem Festival, sem samba, sem “Viradão”, que eu tô ficando velho”.

luiz_henrique_do_carmo_kultme* Correspondente de Kultme em Vitória, ES, Luiz Henrique do Carmo, 20 anos, é capixaba e se define como escritor amador, embora mantenha um blog de textos poéticos & pessoais que nega na prática a expressão “amador” . Gosta de cinema e de todo o tipo de música, principalmente o que é novo. Apaixonado por cultura brasileira planeja levar o Brasil para as telas do cinema e tv.

Vejaouça Amigos e Fantasmas, clipe de tirar o boné do Pessoal da Nasa

pessoal_da_nasaFicamos de cara com o clipe, com a música e com as letras – é, com tudo – de Amigos e Fantasmas, recém lançado pelo Pessoal da Nasa, um grupo com fortes raízes brasileiras e toques visíveis do grunge e do rock inglês mais contemporâneo.

Um achado e tanto que merece ser seguido de perto. Saca só o clipe e, abaixo, colocamos pistas de onde encontrar a banda nos campos da web.

 

 

Tem mais Pessoal da Nasa em…

 

Download: Nova voz na MPB, Fabricio Oliveira leva ‘Desajeito’ ao Red Bull Break em Vitória

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O cantor e compositor Fabricio Oliveira comemora um ano do EP Desajeito com uma festa de música e talento nos palcos do Festival Red Bull Break Time Sessions, em 6 de junho, na capital do Espírito Santo. O show vai rolar na Universidade Federal do Espírito Santo (Cantina da Educação Física) às 20h. O endereço é Avenida Fernando Ferari, 514, Vitória/ES.

Cantor, compositor e multinstrumentista, Fabricio, aos 25 anos, é figurinha carimbada na cena independente capixaba, onde transita desde a adolescência. Em 2013 começou a carreira solo e lançou um EP com cinco faixas autorais nas quais vozes e instrumentos foram gravados pelo próprio Fabrício.

No Red Bull Break Fabrício apresentará faixas de Desajeito, delicadas canções cheias de malícia e ginga, amor e desejo, molejo e brasilidade. (O álbum, aliás, pode ser baixado gratuitamente aqui no Kultme).

Pra quem quiser outro gostinho de prévia do show, Fabrício tem canal no Youtube. Assista, logo abaixo nessa nota, os clipes de Preta, O Poder do Machado de Xangô, Me Abraça e Tamborim –  que ele vem gravando em estilo violão e voz e em parceria com profissionais do audiovisual como Monica Nitz, Willian Rubim e Alisson Silva.

Download do Álbum

Baixe Desajeito, de Fabricio Oliveira

 

Tem mais Fabrício Oliveira em…

 

O Poder do Machado de Xangô e outras canções

Download: “Vão” mostra o poético e inteligente rock brasuca de André Prando

Andre, em foto de Fabrício Zucoloto
Andre, em foto de Fabrício Zucoloto

 

A música de André Prando é uma joia rara, dura, quase rude – e melodiosa. André faz rock. Rockão. Sem limite, ácido e altamente poético. Aos 20 e poucos anos, é uma excelente novidade ouvir a consistência de seu trabalho, ainda que nem tão longo seja. Mas extensão não faz diferença. O EP Vão, que André acaba de lançar, tem peso, massa e volume suficientes a provar que esse cantor e compositor de Vitória (ES) é feito de fibra musical da melhor qualidade.

O disco já começa bem pela capa – ela tem o jeitão daqueles LPs de rock lisérgico dos anos 70, e ao ouvir suas quatro faixas fica fácil entender que o visual remete com perfeição ao conteúdo. O EP de André é recheado – ainda bem! – de rock cru, sem penduricalhos nem frescuras. As letras são inteligentes e diretas, de um lirismo às vezes duro, como se feitas sob um sol de meio dia que não se presta a esconder o que quer que seja.

Rock rural
Mesmo quando dá a impressão de apenas brincar com palavras – “eu acho o Sol em qualquer casa do meu violão” –, ele o faz com essa maestria poética sofisticadamente simples, maneira e bela: a maestria de quem tem o que dizer e sabe como fazê-lo. Nas canções, que André manda ao ar com voz rascante e afinada, não é difícil ouvir ecos de seu panteão de heróis musicais – de Raul Seixas a Jim Morrison, de Sergio Sampaio & John Lennon a Zé Ramalho & Steven Tyler. Está tudo lá, mas bem no fundo, mais como lembrança reverente do que como citação.

É assim, por exemplo, nos momentos em que a música de André Prando revisita o melhor do melhor do “rock rural” – uma vertente nunca devidamente valorizada do rock brasuca – e a traz de volta com um frescor irresistível. Essa pegada bem se ouve justo na canção Sol do Meu Violão, a terceira do EP. As duas primeiras faixas – A Ponte 2 e O Verme Ama – avançam por um viés mais roqueiro, com forte acento blues, assim como a última delas, Bem ou Mal.

Para a produção e gravação de Vão o compositor contou com suporte do Coletivo Expurgação, de Vitória. A poeira do lançamento ainda nem assentou, mas André já está em estúdio cuidando de nova cria – sua ideia é lançar o álbum Estranho Sutil, com dez faixas, ainda no segundo semestre do ano. Uma das músicas que promete incluir no futuro CD é Última Esperança, composição inédita de Sérgio Sampaio que André resgatou junto a Mara Sampaio e João Breitschaft, respectivamente irmã e filho do cultuado músico.

Mas isso é coisa para o tempo que há de vir. O aqui & agora existe e resiste em Vão (=”uma transição, uma ponte entre um algo e outro”, como define Prando), o EP que você vai ganhar clicando o link abaixo. Pode ir com fé – o trem é bom demais.

capa_Vao_andre_prandoDownload do Disco

Baixe Vão, de André Prando

 

Tem mais André Prando no…